„UM GANHO PARA ALÉM DO BRASIL“

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No Brasil, mulheres negras são, com 28 % da população, o maior grupo demográfico do país. Porém, depois da última eleição de 2018, elas ocupavam menos de 2% de cadeiras no congresso nacional. A questão da representatividade melhorou depois dessa eleição?
Não tivemos grandes mudanças. Passamos de 2,3% para 2,5%. Então ainda estamos no mesmo patamar. Nessas eleições, apesar de muitas mulheres negras terem sido eleitas, não são todas comprometidas com a agenda anti racista. Muitas vezes são asociadas com partidos de direita, são Bolsonaristas. Isso pode ser explicado com o fato que houve uma mudança na legislação eleitoral para impulsionar essas candidaturas de pessoas negras, os partidos se aproveitarem dessas regras e assim conseguirem mais recursos para o financiamento de campanhas.

Nessa eleição, o Mulheres Negras Decidem apoiou 27 mulheres negras com uma agenda políticaprogressista nas suas candidaturas, uma em cada estado brasileiro e também no Distrito Federal. Essas mulheres conseguiram se eleger?
Tivemos bons resultados, muitas delas receberam muitos votos. Mas das 27, infelizmente só duas foram eleitas, a Laura Sito do PT e a Camila Valadão do PSOL. Como mulher jovem negra, a Laura por exemplo conseguiu mais de 30.000 votos na eleição para a Assembleia Estadual no Rio Grande do Sul, um estado que historicamente tem muitas questões com racismo.

Vocês estão satisfeitas com esse resultado?
Em termos de quantidade de candidatas que foram eleitas é bem abaixo do que era esperado, considerando toda mobilização de centenas de grupos que apoiaram candidaturas negras. Mas as candidatas apoiadas pelos movimentos que se elegerem são pessoas que chegarão na próxima legislatura muito fortalecidas e com um apoio da sociedade civil. Elas vão precisar reverter alguns dos atrasos que foram aprovados em termos de legislação no governo Bolsonaro. Elas chegam muito fortes nesse sentido mesmo se não são tantas como nós queríamos. Nunca existiu uma mobilização tão forte quanto nessas eleições.

Como você se explica que a mobilização foi maior esse ano?
A sociedade brasileira se deu conta de que transformações sociais profundas só são possíveis fazendo política. O jeito com que Bolsonaro lidou com a pandemia mostrou a desigualdade no acesso de direitos que existe no Brasil. Isso mostrou a urgência de ter representantes com um perfil mais popular para atender as demandas da maioria da população.

Porque é necessário apoiar candidaturas de mulheres negras? 
São mulheres que têm perfis políticos muito fora do comum, de movimentos sociais de base, de religiões de matriz africana, mulheres quilombolas. Para essas mulheres não é fácil participar de uma disputa, primeiro dentro dos partidos e depois na campanha política em si. Porque os projetos políticos delas se preocupam com o aprofundamento da democracia e questionam o poder como ele está estabelecido. Então elas são muito atacadas. Ao mesmo tempo, votar nelas é uma coisa boa para todo mundo porque uma vez eleitas, elas produzem políticas públicas que são do interesse de todos.

Você pode dar um exemplo?
Um exemplo seria a recém eleita Deputada Estadual Laura Sito que defende agendas consideradas prioritárias pelos eleitores no Brasil, como a educação. Mas a Laura fala de uma educação inclusiva, anti racista e emancipadora. 

Como você está se sentindo depois do suspense que era o segundo turno da eleição?
Estou menos preocupada do que estava antes do segundo turno. As forças armadas não estão tão dispostas contra a democracia e a constituição como nós imaginávamos. As instituições reconheceram o resultado e os protestos golpistas têm sido condenados não só pelo TSE mas também pelo STF, pelo Congresso e também pelamídia. Vencemos a etapa institucional mas me preocupo com o reconhecimento pela população. Temos uma quantidade significativa de pessoas nas ruas defendendo atos golpistas e antidemocráticos. É uma disputa de mais longo prazo que depende das lideranças democráticas fortes nas assembléias regionais e no Congresso, de movimentos de base fortes para a politização das novas gerações e a recuperação do debate público das questões do dia a dia. 

Isso significa que o Bolsonarismo vai permanecer?
A extrema direita cresceu e se organizou durante o governo Bolsonaro. Mas ela vai bem além do Bolsonaro e da família dele, como também dos seus apoiadores políticos. Essas ideias autoritárias são uma questão global que encontrou um terreno muito fertil no Brasil.

Os governadores que foram eleitos em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro estão bem próximos aBolsonaro. Isso dificulta o trabalho de movimentos e grupos sociais como o Mulheres Negras Decidem?
Nesses estados os movimentos já têm muita força, estrutura e recursos. O nosso desafio continua sendo principalmente em regiões nordestinas, norte e principalmente no Centro Oeste onde as estruturas são mais fragilizadas. 

Como os 51% dos brasileiros que foram votar e votaram no Lula deveriam lidar com os 49% das pessoas que votarem no Bolsonaro?
Isso será um grande desafio. O Presidente eleito Lula tem esse perfil de união e reconciliação, mas ele precisará muito da ajuda dos movimentos sociais para recuperar esse tecido social e promover unidade no Brasil. Quem apoia o Bolsonaro entende a importância da política também. Mas seus eleitores acreditam que existe uma luta do bem contra o mal. A questão agora é trabalhar para que essa compreensão seja desfeita. Trazer essas pessoas de volta para o debate sobre a realidade concreta que é uma dificuldade não só para os 49% mas para todo mundo. A realidade do brasileiro em média é de muita precariedade. Quanto mais cedo a gente conseguir voltar a discutir questões práticas do nosso dia a dia, para melhorar a situação de todo mundo, mais facilmente vamos conseguir lidar com essas diferenças.

O Presidente-eleito Lula precisará do apoio dos movimentos sociais. Vários grupos apoiaram a campanha dele, mas falam que vão virar oposição no momento em que ele tomará posse. Como seu governo poderia dar certo então?
No primeiro ano, os movimentos de base que apoiarem o Lula vão estar muito junto do governo. Vai ser um ano de reconhecimento do tamanho dos estragos que aconteceram e de planejar estratégias para reconstrução. Agora tudo vai depender muito de como vai ficar a configuração desse novo governo. Já saíram críticas sobre a configuração do grupo que está fazendo a transição do governo. Há poucas mulheres, não há pessoas negras. Ainda faltam alguns meses até o Lula anunciar os ministros. Será importante incluir mulheres, negros e indígenas. Isso aumentaria as possibilidades da cooperação entre governo e sociedade civil.

Quais são as suas expectativas para o novo governo Lula?
Essa questão da composição ministerial com muitas mulheres. Em cima disso, será importante, principalmente nos orgãos que cuidam da questão do enfrentamento do racismo, que ele coloque pessoas com perfil alinhado a agenda histórica dos movimentos negros. O Lula tem que escutar essas as sugestões que está recebendo para os cargos de confiança, como por exemplo, a Deputada Erica Malunguinho, uma mulher negra trans, para a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial ou para a Fundação Palmares.

Qual foi o papel das mulheres nessas eleições?
Elas tinham um papel principalmente no trabalho de base. O número das abstenções diminui no segundo turno e as mulheres tiveram um papel muito importante nessa decisão de outras pessoas da família irem votar. Graças a elas o Lula também mudou o foco na campanha e falou mais sobre o futuro, oportunidades para os jovens. Esse grupo, entre 18 e 35 anos, estava muito em dúvida se era para votar no Lula ou Bolsonaro, mas votaram no Lula no segundo turno.

Também teve quase um quarto da população com direito a voto que não votou, votou nulo ou branco. Isso sinaliza que a democracia brasileira está em crise?
É um reflexo da crise de representatividade e de confiança nas instituições que está acontecendo pelo menos nos últimos dez anos. Uma parcela grande está desacreditada de qualquer possibilidade de mudança e uma outra é impossibilitada de participar do processo político porque está em situação de grande vulnerabilidade. 

Qual será o efeito dessa eleição no âmbito global?
Com a volta do governo Lula conseguimos recuperar questões que são de política global, especialmente em relação a região amazônica, mas também em saúde, direitos humanos e mediação de conflitos que são agendas que o Brasil liderava. Isso é um ganho para além do Brasil.

// Schlachtfeld Frauenkörper

Vergewaltigung als Vergeltung, als Foltermethode, als Mittel zur Unterdrückung und als Ausdruck militärischer Macht: Millionen Frauen und Mädchen sind im Kontext von bewaffneten Konflikten und Kriegen zu Opfern sexualisierter Gewalt geworden. In Kongo, Sudan, Bosnien und auch in Lateinamerika. Die Zahlen nehmen weltweit besorgniserregend zu. Im April verabschiedete der UN-Sicherheitsrat auf Initiative Deutschlands eine Resolution, die sexualisierte Gewalt in Krisengebieten bekämpfen und die Opfer stärken soll. Die Menschenrechtsanwältin Amal Clooney sprach vor dem Rat von einem „Nürnberg-Moment” in Anspielung auf die Nürnberger Prozesse gegen führende Nazionalsozialisten nach dem Zweiten Weltkrieg.

Tatsächlich kann von Prozessen oder gar Verurteilungen in den meisten Fällen keine Rede sein. Im internationalen Strafrecht ist sexualisierte Gewalt zwar als Kriegsverbrechen und Verbrechen gegen die Menschlichkeit kodifiziert. Doch in der Praxis spiegelt sich das Ausmaß dieser Verbrechen weder in Prozessen noch in den Urteilen wider – die Straflosigkeit ist immens. „Kollektives Versagen” bescheinigte die jesidische Aktivistin Nadia Murad aus dem Irak der internationalen Gemeinschaft in ihrer Rede vor dem Sicherheitsrat. Murad wurde 2014, wie hunderte andere jesidische Frauen, vom sogenannten Islamischen Staat verschleppt und in ihrer Gefangenschaft vielfach vergewaltigt. Bisher, so Murad, sei kein einziger Täter verurteilt worden; bei der UN würden Reden gehalten, aber keine konkreten Maßnahmen ergriffen.

Es braucht mehr als Lippenbekenntnisse, um die unsäglichen Gräueltaten zu beenden.

Es sind auch staatliche Akteure, die − wie derzeit in Nicaragua − auf das Mittel sexualisierter Gewalt in Konfliktsituationen zurückgreifen (siehe Interview ab Seite 14). Aus zahlreichen Berichten von Opfern wissen wir, dass die Frauen nach ihrer Verhaftung mit der Integrität ihres Körpers den Preis dafür zahlen, dass das Aufbegehren der Zivilgesellschaft das Regime ins Wanken bringt. Wir wissen von Vergewaltigungen durch Paramilitärs und Polizei, von Wärtern, die Gefangene zwingen, sich vor ihnen nackt auszuziehen, von grabschenden Polizisten und von der Verweigerung medizinischer Hilfe bei durch Folter provozierter Fehlgeburten. Für diese Taten werden weder das Präsidentenpaar Ortega-Murillo noch ihre Befehlsempfänger vor einem Internationalen Strafgerichtshof landen.

Und auch die mindestens 24.000 kolumbianischen Frauen, die während des bewaffneten Konflikts Opfer sexualisierter Gewalt durch Paramilitärs, FARC-Guerilla und Soldaten der staatlichen Armee geworden sind, haben von der neuen Resolution nicht viel zu erwarten. Nachdem Präsident Iván Duque angekündigt hat, die Übergangsjustiz, die als Teil des Friedensabkommens geschaffen wurde und über eine eigene Ermittlungsgruppe zu sexualisierter Gewalt verfügt, in ihren Zuständigkeiten zu beschneiden, fürchten die Frauen um die erhoffte Aufarbeitung. Der normale Rechtsweg bei solchen Verbrechen führt in Kolumbien in 90 Prozent der Fälle zu Straflosigkeit.

Die UN-Resolution ist ein wichtiges Signal, doch es braucht mehr als Lippenbekenntnisse, um die unsäglichen Gräueltaten, die im Kontext von Kriegen und bewaffnet ausgetragenen Konflikten an Frauen begangen werden, zu beenden. Das zeigen auch bisherige UN-Resolutionen zum Thema, denn viel hat sich seitdem nicht geändert. Ein Strafgerichtshof für sexualisierte Gewalt, wie ihn Amal Clooney vorschlägt, wäre eine konkrete Maßnahme. Da die USA und Russland den Internationalen Strafgerichtshof in Den Haag für „tot” befinden und als gescheitertes „Experiment” ansehen, müssten andere Länder gemeinsam ein eigenes Gericht zur Aufarbeitung von Sexualverbrechen in Konflikten gründen.

Ob die Opfer von der Resolution die Anerkennung ihres Rechts auf körperliche Unversehrtheit erhoffen dürfen, wird davon abhängen, ob die UN tatsächlich wirksame Instrumente schafft, die zur Verurteilung der Täter führen können.

 

// Die Redaktion

FRAUEN ERWACHEN

Bild: © Betta Films


Isabel, eine 30 Jahre alte Schneiderin, wohnt mit ihrem Mann Alcides und ihren beiden Töchtern in einer costaricanischen Kleinstadt. Sie haben nur sehr wenig Geld, dafür aber viele Verwandte. Familienfeiern und ab und zu ein Ausflug in eine Bar sind ihre größten Abwechslungen vom Alltag.
Ausgehend von dieser für Lateinamerika nicht untypischen Lebenswirklichkeit erkundet das doppelte Debüt El despertar de las hormigas (für Regisseurin Antonella Sudasassi und Hauptdarstellerin Daniela Valenciano ist es jeweils der erste Spielfilm), was es bedeutet, als Frau auf diesem Subkontinent zu leben: Alcides (Leynar Gómez, Narcos) mag es, wenn Isabel ihr Haar lang trägt. Er und seine große Familie erwarten von ihr, dass sie eine gute Hausfrau ist und mäkeln an ihr herum, wenn ihnen etwas nicht passt. Er selbst lässt sich derweil bedienen, kennt sich in seiner eigenen Küche nicht aus und reagiert hilflos bis unwirsch, wenn sie ihn bittet, beim Decken des Tisches zu helfen. Das Wichtigste aber: Isabel soll doch bitte noch einen Sohn bekommen.

© Betta Films

Wie wirkt es sich auf ihre Sexualität aus, wenn angesichts solcher Erwartungshaltungen für ihr eigenes Ich im Leben wenig Platz ist? Mit ihrem Mann schläft Isabel oft eher widerwillig und befriedigt sich lieber selbst. Wenn sie doch Lust auf Sex hat, führt dies zu Frust, weil Alcides nicht gerade mit Feingefühl und Gespür für ihre Lust zur Sache geht.
Isabel fühlt sich zunehmend unwohl damit, nicht selbst über ihr Leben bestimmen zu können. Sie hinterfragt das zu Beginn noch nicht bewusst, stattdessen mündet ihr Frust in Fantasien und Halluzinationen. Sie würde gern ihre Arbeit als Schneiderin vertiefen und dafür einen kleinen Laden mieten. Wenn sie ein weiteres Kind bekäme, hätte sie dafür keine Zeit mehr. Das will Isabel nicht, traut sich aber nicht, dies Alcides zu sagen und kauft sich stattdessen heimlich Verhütungspillen. Auf diese Weise kann sie dem Konflikt mit der Familie – letztlich mit den gesellschaftlichen Strukturen – jedoch nicht ewig aus dem Weg gehen.
Durch ihre lateinamerikanische Sozialisation ist Isabel wie so viele Frauen daran gewöhnt, sich selbst für die Familie hintanzustellen „Ich wollte eine Geschichte erzählen, die diese idealisierte, machistische, mütterliche Liebe neu definiert, die uns dazu bringt, uns um die anderen zu kümmern und uns selbst zu vergessen“, sagt Sudasassi über ihren Film. Er erzählt Isabels Geschichte durchweg auf sehr glaubwürdige und emotional greifbare Weise. Dass die männliche Hauptperson trotz erwähnter Macho-Allüren nicht überzeichnet wird, schadet dem Film dabei keineswegs. So hat Alcides keine Wutausbrüche, wird nicht gewalttätig, und dass seine Frau wie er arbeitet, stellt er auch nie infrage.
El despertar de las hormigas ist Teil eines mehrteiligen Transmedia-Projekts zur weiblichen Sexualität in verschiedenen Lebensetappen: einen Kurzfilm über die Kindheit hat Antonella Sudasassi bereits gedreht, ein Dokumentarfilm über das Alter soll folgen, außerdem sind Künstlerinnen aus der ganzen Welt dazu eingeladen, eigene Beiträge einzubringen. Mit ihrem Projekt thematisiert die Regisseurin, dass das sexuelle Erleben der Frau in ihrer Gesellschaft ein Tabu ist, über das man nicht spricht.
Das Erwachen der Ameisen heißen. Letztere tauchen im Film immer wieder auf – am Waschbecken, in den Haaren, unter der Dusche – und wirken wie eine Störung, eine Reflektion von Isabels zunehmendem Unwohlsein. Sie verursachen Irritation und Unverständnis bei den Zuschauer*innen. Und vielleicht ist genau das beabsichtigt, denn rufen das Erwachen des Verlangens nach mehr weiblicher Selbstbestimmung sowie deren Einforderung oft nicht ebendiese Reaktionen hervor, weil sie die gesellschaftlichen Strukturen infrage stellen und damit zu Konflikten führen?
El despertar de las hormigas läuft 2019 im Berlinale Forum.

 

ERINNERUNGEN AN DAS LAGER

Dieses Buch war fällig. Was bisher über die deutsche Sektensiedlung in Chile geschrieben wurde, stammte – mit der rühmlichen Ausnahme von Ulla Fröhling – von Männern und handelte von Männern. Nun hat Heike Rittel mit ihrem Mann Hagen die Frauen der Colonia befragt. Sie hatten bis dahin fast ausnahmslos geschwiegen. Nun sprudelte es aus ihnen heraus.

Die Frauenprotokolle, die dabei entstanden, sind einzigartige Zeugnisse einer totalen Institution, wie es sie nie zuvor gab. Sie handeln von sektenspezifischer und frauenspezifischer Unterdrückung vor dem Hintergrund der Miltärdiktatur Pinochets. Die Frauen der Colonia Dignidad wurden erniedrigt und misshandelt. Mädchen sollten mit Medikamenten, Elektroschocks und enger Kleidung an ihrer geschlechtlichen Entwicklung gehindert werden. „Wir blieben die Mädchen, die kleinen Putzlappen.“ Die Frauen wurden so zu Arbeitstieren in einem Sklavenstaat getrimmt.

Auch untereinander waren die Frauengruppen in der Colonia Dignidad hierarchisch aufgebaut: „Wir Mädchen mussten uns gegenseitig hart verdreschen, um die Eitelkeit und das Weltliche aus uns rauszuprügeln.“ Wer nicht fest genug zuschlug, wurde gleich selbst geschlagen. Diese Struktur reichte von den „Gruppentanten“ für kleine Mädchen bis zu der offenbar sadistischen Folterärztin Gisela Seewald, die Teufelsaustreibungen praktizierte. Die Täter*innen haben bis heute kein Schuldbewusstsein, sie fühlten sich als „Teil einer großen Sache“. Die Opfer hingegen konnten sich nicht widersetzen, denn „dann hätten wir ja dem Ganzen geschadet“. Das „Ganze“ war der Weg zu Gott durch Selbstverleugnung und der Kampf gegen den Kommunismus.
Die Colonia Dignidad war so einzigartig, dass Verallgemeinerungen schwierig sind. Aber viele Züge des Lagers werden in Lasst uns reden im Brennglas sichtbar. Die Sammlung enthält Materialien zum Verhältnis von Geschlecht, Sexualität und Gewalt, wie es sich in der hermetisch abgeschlossenen Siedlung entfaltete.

Die Frauen leben heute mit gebrochenen Identitäten. Ein Teil hat es geschafft, aus dem immer noch als „Villa Baviera“ bestehenden Kollektiv auszubrechen. Einige sind in den Protokollen so ehrlich, die unauflösliche Verstrickung von Opfern und Täter*innen in der Colonia zu benennen. Die meisten flüchten sich in die Opferrolle. Eine interne Aufarbeitung der Verbrechen, die in der Colonia Dignidad verübt wurden, steht bis heute aus, „weil wir alle selbst auch Opfer waren und immer noch sind“. Opfer-Sein, das ist die neue Gruppenidentität derer, die noch in der Siedlung wohnen. Die von Heike und Hagen Rittel erstellten Protokolle laufen gelegentlich Gefahr, dieser Mentalität Vorschub zu leisten. Aber sie sind wertvolle Dokumente des ambivalenten gegenwärtigen Bewusstseinsstandes dieser zerfallenden Psychosekte. Die Aussagen der Frauen werden von Jürgen Karwelat sachkundig eingeleitet und kommentiert. Was bleibt? Eine Frau sagt: „Aber ich habe einen Ort der Erinnerung. Ich gehe wahnsinnig gerne auf unseren Friedhof.“ Bleibt zu hoffen, dass die Colonia Dignidad einmal zu einem besseren Erinnerungsort wird als dieser Friedhof!

NEIN HEIßT NEIN!

Während sich Frauen auf dem Podium im Studio I der Uferstudios Berlin angeregt über ein Frauentheaternetzwerk austauschen, das in elf lateinamerikanischen Ländern mit HIV-betroffenen Frauen arbeitet, kocht in der Küche die Suppe zum Abendessen für 100 angereiste Frauen aus verschiedenen Ländern. Auf Spanisch, Portugiesisch, Englisch und Deutsch werden von Unterstützer*innen die Redebeiträge flüsterübersetzt und vom Publikum in Vorschläge zu konkreten Interventionen umgewandelt.

Viel wird in diesen Tagen auf dem II. Internationalen Festival für Theater der Unterdrückten Frauen in Berlin diskutiert, aus verschiedenen Perspektiven und mit diversen Stimmen. Organisiert wurde das Festival im September 2017 unter dem Motto „Nein heißt Nein – Ending violence against woman“ von Ma(g)dalenas Berlin, einem transnationalen feministischen Kollektiv von Aktivistinnen, das ästhetische Debatten über Unterdrückungen anregen möchte, mit denen Frauen konfrontiert sind. Vor sieben Jahren startete das Kollektiv mit Aktionen, die das Schweigen über patriarchale Dynamiken brechen sollten – unter anderem durch Forumtheater in Frauenhäusern, Bildungsinsitutionen und im öffentlichen Raum.

Das internationale Netzwerk der Ma(g)dalenas nutzt das Forumtheater, die zentrale Methode des Theaters der Unterdrückten, das auf den brasilianischen Theatermacher Augusto Boal zurückgeht. Ziel des Forumtheaters ist die Transformation der Realität auf der Bühne, der Straße und im Alltag, sozusagen als Probelauf für die reale gewaltfreie Revolution. Es ist eine interaktive Form des Theaters, in dem das Publikum eine aktive Rolle einnimmt und auf der Bühne dargestellte Situationen der Unterdrückung, die oft geteilte Erfahrungen des Publikums widerspiegeln, selbst verändert. Das Aufzeigen, Durchdenken und Testen verschiedener Handlungs-möglichkeiten ermöglicht es, konkrete Handlungsoptionen für vergangene, aktuelle oder künftige Situationen zu proben. Es soll auch helfen, dem Gefühl der Machtlosigkeit entgegenzuwirken und ist daher ein empowerndes Werkzeug.

Im Jahr 2010 fanden die ersten „Laboratorien“ des transnationalen Netzwerks in Brasilien, Guinea Bissau, Mosambik und Indien statt. Unter der künstlerischen Leitung der Soziologin und Theatermacherin Bárbara Santos entstand im Jahr 2012 auch ein Ableger des Netzwerks in Berlin. Santos möchte auf Unterdrückungen von Personen, die sich als Frauen identifizieren, aufmerksam machen: „Wie können Frauen herausfinden, was es bedeutet, eine Frau in einer patriarchalen Gesellschaft zu sein? Was sind spezifische Fragen, die dieses Frausein mit sich bringt? Welche Nachteile gibt es und was braucht es für Alternativen?“ sind Fragen, mit denen sie sich im Forumtheater auseinandersetzt.

„Nein heißt Nein – No means No – No signífica No“ ist eines der legislativen Forumtheaterstücke des Festivals, inszeniert von Ma(g)-dalenas Berlin, das versucht, Antworten auf diese Fragen zu erarbeiten. Es herrscht kurze Stille, als das Licht ausgeht. Es werden viele verschiedene Szenarien dargestellt, in denen das Nein einer Frau von Freunden, Fremden oder den eigenen Partnern nicht gehört, ignoriert oder nicht respektiert wird. Die meisten können sich mit einem der Momente im Theaterstück identifizieren. Dann kommt die Frage: Wie können wir die eigenen Geschlechterkonstruktionen in der Gesellschaft de-mechanisieren? In der Diskussion werden verschiedene Vorschläge zu Interventionen gesammelt über die im Nachhinein mit der Unterstützung von Expert*innen abgestimmt wird, daher der Zusatz der Legislative.

“Wir atmen feministischen Kampf.“

Dieser und anderen Fragen wurde in „Laboratorien“ auf dem Festival nachgegangen und in eine Performance mit dem Titel „Nein heißt Nein” verwandelt, mit der die Teilnehmerinnen in einem Flashmob ihren Widerstand gegen eine Demonstration von Abtreibungsgegner*innen vor dem Brandenburger Tor zum Ausdruck brachten. Berlin ist als Stadt im Globalen Norden ein bedeutender Aktionsort für das Netzwerk, nachdem das erste Internationale Festival der Ma(g)dalenas im September 2015 in Argentinien realisiert wurde. Über die aktivistische Mobilität des Feminismus, die die Ma(g)dalenas symbolisch verbindet, bemerkt Alice Nunes, Ma(g)dalena aus Brasilien: „In Berlin zu sein, über die Ausbreitung unserer Bewegung und unseres Widerstands zu sprechen, aus der Theorie Praxis zu machen und selbstorganisierten intersektionalen Feminismus zu leben, lässt uns erkennen: Wir atmen feministischen Kampf.“

So ist die Diversität im Netzwerk hinsichtlich sozialer Klassen, Altersstufen und unterschiedlicher Kontexte die Basis für Austausch und intersektionale Praxis, und die Vermischung von Sprachen alltäglicher Bestandteil des Netzwerks, das in Lateinamerika am stärksten vertreten ist. Der Name „Ma(g)dalena” vereint daher das Spanische Magdalena und Portugiesische Madalena. Zwar sieht sich das Netzwerk mit finanziellen Herausforderungen und Visa-Komplikationen für gemeinsame Treffen konfrontiert, jedoch stärkt die Notwendigkeit und der Wunsch nach Kontinuität das Kollektiv. Bei dem viertägigen Berliner Festival waren Gruppen aus Brasilien, Guatemala, dem Baskenland und Spanien und Frauen aus der Ukraine, Guinea Bissau, Kolumbien, Argentinien und Polen anwesend. Gemeinsam mit dem Berliner Publikum erinnerten sie sich in einer begehbaren, interaktiven Ausstellung mit dem Titel „NosDuele56“ an die Mädchen, die am 8. März 2017 in Guatemala durch die Fahrlässigkeit der Regierung bei einem Brand in einem Waisenheim ums Leben kamen. Gemeinsam mit dem Anastácia-Kollektiv aus Rio de Janeiro wurden Karnevalslieder, in denen Vergewaltigung von schwarzen Frauen normalisiert thematisiert. Der Vorschlag zur Veränderung der immer noch andauernden Rhythmen der Kolonisation war, die Lieder mit neuen Texten zu versehen.

Die Wechselbeziehung zwischen Rassismus und Sexismus war auch Themenschwerpunkt der diesjährigen Veranstaltungen. Die Berliner Gruppe Kakalakas hinterfragte weiße Privilegien im Berliner Alltag und prangerte die strukturelle, kolonialistische Realität an, die in lateinamerikanischen TV-Soaps verbreitet wird. Anastácia Berlin thematisierte ihrem Forumtheaterstück „Schwarz, Black, Preta“ Rassismus, Homophobie und Diskriminierung gegenüber LBGTIQ und schwarzen Frauen am Arbeitsplatz und hinterfragte die Heteronormativität des westlichen Familienmodells. Luciana Talamonti, Ma(g)dalena Italia, war von der Performance der baskischen Gruppe Bihotzerre über die Tabuisierung von weiblicher Sexualität in verschiedenen Lebensabschnitten der Frau beeindruckt: „Es hat mich an Hexenverbrennung erinnert. Als sei es eine Gefahr, wenn eine Frau über ihren Körper Bescheid weiß. Das ist total aktuell!“

Ziel in all den verschiedenen Beiträgen des Festivals war es, praktischen, kollektiven Feminismus zu ermöglichen und transnationale Kollektivität zu leben. Dabei verbindet die unter-schiedlichen Frauen ihr politisches Anliegen. Sie sehen sich als Überlebende sexualisierter Gewalt, die lernen, „Nein“ zu sagen: „Wir wollen unsere Körper, Beziehungen und die Räume, die wir bewohnen, dekolonialisieren“, heißt es denn im ersten Ma(g)dalena-Manifest, das 2015 während dem I. Internationalen Ma(g)dalena Festival in Argentinien verfasst wurde.

Dieser politische Aktivismus und Feminismus, artikuliert in Theater und Kunst – oder Artivismus wie die Ma(g)dalenas sagen – hat in Berlin mehr als hundert Frauen mit revolutionärem Anspruch zusammengebracht. Frauen und Gruppen, die an „Laboratorien“ der Ma(g)dalenas teilnehmen, können Teil des Netzwerkes werden. Oder sie nehmen am nächsten Internationalen Festival teil, das auf dem afrikanischen Kontinent stattfinden soll. Auch als Reaktion auf die Ablehnung der Visa für die Einreise nach Deutschland für das Kollektiv Fuerza Magdalena Sahara aus Algerien. Zunächst aber kommen die Ma(g)dalenas wieder im Jahr 2018 beim V. Lateinamerikanischen Treffen des Theaters der Unterdrückten in Uruguay zusammen. Dort werden sie ihren „kreativen Widerstand“ gemeinsam fortführen.

// MEIN BAUCH GEHÖRT MIR

In den meisten Ländern Lateinamerikas und der Welt ist das Recht auf körperliche Selbstbestimmung für Frauen keine Selbstverständlichkeit. In Chile gibt es nun einen kleinen Hoffnungsschimmer. Am 22. August wurde das Totalverbot von Abtreibungen aufgehoben und ein Schwangerschaftsabbruch zumindest in drei Fällen legalisiert: Nach einer Vergewaltigung, bei akuter Lebensgefahr für die Mutter oder bei einer tödlichen Erkrankung des Fötus drohen nun keine Strafen mehr. Damit wurde ein Relikt aus der blutigen Vergangenheit abgeschafft, das uneingeschränkte Verbot war 1989 unter dem Diktator Augusto Pinochet eingeführt worden.

Die Lockerung ist ein Schritt in die richtige Richtung – mehr aber auch nicht. Was bei aller Euphorie in Vergessenheit gerät: Der Wille der Frauen, um die es geht, zählt nach wie vor nicht. Weiterhin muss erst ein Gewaltverbrechen nachgewiesen werden oder akute Lebensgefahr bestehen, damit Frauen über ihren Körper bestimmen können. Die leichten gesetzlichen Verbesserungen sind außerdem keine Garantie dafür, dass die betroffenen Frauen tatsächlich die nötige medizinische Versorgung erhalten. Immer wieder berichten Frauen davon, dass ihnen Abtreibungen verwehrt werden. Die gesellschaftliche Ächtung ist groß und viele Betroffene müssen Anfeindungen bis hin zu Morddrohungen über sich ergehen lassen.

Nur in Uruguay, Kuba, den Guyanas und Mexiko-Stadt ist ein Schwangerschaftsabbruch in den ersten Wochen straffrei. In Nicaragua und El Salvador sind Abtreibungen dagegen weiterhin gänzlich verboten und die betroffenen Frauen sowie das medizinische Personal müssen mit hohen Strafen rechnen. Der Fall von María Teresa Rivera sorgte vor einigen Jahren für großes Aufsehen. Die Salvadorianerin hatte eine Fehlgeburt erlitten. So weit, so normal. Nicht jedoch in El Salvador. Die damals 28-Jährige wurde verdächtigt, eine Abtreibung durchgeführt zu haben, sie wurde wegen Mordes angeklagt und zu 40 Jahren Gefängnis verurteilt. Vier Jahre saß sie in Haft. 2016 wurde Rivera auf massiven Druck durch soziale Bewegungen entlassen. Doch die Tortur ging weiter. Die Staatsanwaltschaft drohte, die Entscheidung anzufechten. Ein Sturm der moralischen Entrüstung brach über die Mutter herein. Rivera musste das Land verlassen, im März dieses Jahres erhielt sie Asyl in Schweden.

Doch es regt sich Widerstand: Aktivist*innen von Tijuana bis Patagonien kämpfen gegen die katastrophale Situation und leisten den betroffenen Frauen Hilfe. Die geltenden Gesetze kriminalisieren vor allem arme Frauen, die meist nicht das Geld für eine Abtreibung oder medizinische Versorgung aufbringen können. Indigene Frauen aus ländlichen Gebieten werden besonders schlecht behandelt.

Die internationale Organisation Women on Waves umgeht das Abtreibungsverbot geschickt: Mit einem Boot umschiffen die Aktivist*innen Länder, in denen Abtreibungen verboten sind und führen in internationalen Gewässern Schwangerschaftsabbrüche durch. Eine gute Idee, dennoch keine Lösung für alle Frauen. Viele Betroffene leben fernab der Küsten, Abtreibungen finden stattdessen im Hinterzimmer statt: ohne professionelle Ärzt*innen, unter prekären hygienischen Bedingungen. Bei der Vielzahl der Frauen wirkt dieses Boot wie ein Tropfen in der blauen Weite des Ozeans.

Strenge Gesetze und der religiös-moralische Zeigefinger gefährden weiterhin das Leben von Frauen in Lateinamerika. Gesellschaftlicher Wandel ist allerdings immer von Fort- und Rückschritten geprägt.

Es besteht Hoffnung, solange sich Frauen weiterhin kritisch organisieren und das Patriarchat in Frage stellen, selbstbestimmt ihre Rechte einfordern und solidarische Werte vorleben.

“DER STAAT MÜSSTE DEN NOTSTAND AUSRUFEN”

Protest vor dem Frauenministerium. Alle vier Tage wird in Paraguay eine Frau ermordet. (Foto: privat)

Die jüngsten Proteste gegen die Femizide in Asunción haben es geschafft, die ansteigende Mordrate an Frauen sichtbar zu machen. Wie interpretieren Sie diese Entwicklung und was sind Ihrer Meinung nach die Gründe dafür?

Belén Cantero: In einem großen Teil der Welt wird ein Anstieg von Gewalt gegen Frauen wahrgenommen. Obwohl auf der einen Seite die registrierten Gewaltakte gegen Frauen abnehmen, da solche Taten heutzutage sensibler und häufiger wahrgenommen werden, gehen wir trotzdem davon aus, dass die Gewalt gegen Frauen generell zugenommen hat. Immer mehr Frauen fordern ihre Rechte ein und kämpfen für ihre Freiheit, viele Männer begehren dagegen auf. Ich glaube, wir durchleben eine Krise des klassischen männlichen Selbstverständnisses beziehungsweise Rollenbildes, Frauen gegenüber eine mächtigere Position einzunehmen. Viele Männer reagieren mit Gewalt, um ihre Stellung zu verteidigen.

Welche Maßnahmen fordern Sie von der Regierung, damit sich die vielen Morde nicht wiederholen?

Soziale und politische Organisationen haben sich zusammengeschlossen, um gemeinsam die Untätigkeit der Regierung aufzudecken und anzuklagen. Es gibt eine breite Palette von Forderungen an den Staat. Zunächst einmal dürfen Opfer nicht erneut dem bestehenden System zum Opfer fallen. Anzeigen müssen ernst genommen und aufgenommen werden, und es muss in solchen Fällen von Gewalt unmittelbar gehandelt werden. In vielen Fällen, in denen Frauen Unterstützung vom Staat einfordern, beschützt dieser den Gewalttäter und bezichtigt das Opfer, selbst die Schuld an der Situation zu tragen. Der Staat müsste eigentlich den nationalen Notstand ausrufen, um so unmittelbar die benötigten Kräfte zu bündeln, die zur Schaffung von Notfallzentren für Frauen und weiterer psychologischer sowie juristischer Beratungs- beziehungsweise Betreuungseinrichtungen benötigt werden. Nicht nur das Frauenministerium, sondern auch das Gesundheits- und das Bildungsministerium sollten sich an die spezifischen Bedürfnisse dieser Situation anpassen, beispielsweise wenn es um sexuelle Gesundheit und Reproduktionsfähigkeit geht oder auch, was Kampagnen zur Sensibilisierung und Vorbeugung von Gewalt gegen Frauen betrifft.

Welche Strategien haben Sie, um die Kampagne zu verbreiten und den Staat unter Druck zu setzen, damit er handelt?

Im Laufe des Jahres haben wir zwei Aktionen durchgeführt, eine direkt vor dem Bildungsministerium und eine weitere auf einem öffentlichen Platz. Die hatte einen künstlerischen Charakter und sollte auf die Problematik aufmerksam machen. Am 24. Februar, dem Tag der Frau in Paraguay, werden wir weitere Aktionen dieses Charakters an mehreren Orten durchführen, nicht nur in der Hauptstadt Asunción. Gerade sind wir dabei, uns gemeinsam mit anderen Organisationen an etwas Größerem zu beteiligen, nämlich an dem internationalen Generalstreik der Frauen in Paraguay. Wir sind überzeugt, dass dieser Tag ein Meilenstein für die Frauenbewegung in Paraguay sein wird und wir uns durch unsere Aktionen besser positionieren werden, um für politische Veränderungen entsprechend unseren Bedürfnissen zu sorgen.

Das Frauenministerium in Paraguay arbeitet unter einer ultrakonservativen Regierung, deren Senatoren Frauen offen vergleichen können mit „einer treuen Hündin, die kochen und nur ihren Mann bedienen soll“ (Äußerung von José Manuel Bóbeda in einer Versammlung der Organisation Amerikanischer Staaten 2014). Trotzdem wurde Ende 2016 das Gesetz „Für sie“ erlassen, das versucht, die Gewalt gegen Frauen zu bekämpfen. Gibt es irgendwelche Erfolge seit der Erlassung dieses Gesetzes und wie effektiv kann das Ministerium unter der Regierung von Horacio Cartes sein?

Das Gesetz „Für sie“ wurde Ende 2016 erlassen. Dieses Gesetz war ein Gewinn durch die Bewegung. Der Kongress nahm dann noch einige Änderungen vor, wodurch die Begriffe „Gender“ und „Feminizid“ herausgenommen wurden und eine Schlichtungsinstanz zwischen Opfer und Täter verpflichtend etabliert wurde, dies bedeutete einen Rückschritt. Nach Protesten wurde ein Gesetz eingeführt, das einen Fortschritt darstellt. Aufgrund dessen wird heute der Straftatbestand „Feminizid“ anerkannt, er wurde schon von einigen Richtern angewandt. Bis heute (Stand 19. Februar 2017, Anm. d. Red.) wurden die Tötungsfälle von elf Frauen offiziell als „Feminizide“ deklariert. Dadurch wird die Problematik sichtbar gemacht und die Debatte verlagert. Der noch fehlende Teil des Gesetzes wird Ende 2017 eingebracht werden. Die aktuelle Regierung und auch der Staat sind weiterhin machistisch geprägt, ebenso wie die Gesellschaft Paraguays. Mit diesem Wissen im Hinterkopf muss uns klar sein, dass dieser Gewinn in der Jurisdiktion auch seine Grenzen hat. Viele Gesetze sind tote Buchstaben. Es kommt auf tiefgreifendere Veränderungen im gesellschaftlichen Bewusstsein an, ebenso wie auf die materielle Situation von Frauen und unserer Organisation, aber auch auf die Kämpfe, die dafür Sorge tragen, dass notwendige Veränderungen weiterhin stattfinden. Dieser Wandel ist kein Wandel von oben, dessen sind wir uns bewusst.

Die gendermotivierte Gewalt drückt sich auch in der starken Diskriminierung der LGBTI-Gemeinschaft in Paraguay aus. Eine Trans- Frau wurde in Ciudad del Este am selben Tag umgebracht, an dem das Gesetz „Für sie“ erlassen wurde. Dieses beschränkt sich aber nur auf den Schutz von Menschen, die vom Staat als biologische Frauen interpretiert werden. Gibt es auch einen Schutzmechanismus gegen strukturelle, psychologische und physische Gewalt gegen LGBTI-Personen?

Die LGTBI-Gemeinschaft bleibt juristisch weiterhin absolut ungeschützt, das beginnt schon in der Aushandlung der Gender-Identität, die mit dem binären Frau-Mann-Schema zu brechen sucht. Es gibt eine Kampagne und ein Gesetzesvorhaben namens „Gegen jede Form von Diskriminierung“, dagegen gibt es nach wie vor viel Gegenwehr. Es ist noch ein weiter Weg zu gehen, aber er ist notwendig. Von 1989, dem Ende der Stroessner-Diktatur, bis 2016 wurden 57 „Trans-Morde“ aus Hass registriert. Während der Diktatur Stroessners waren es 108 Mordfälle, die das Leiden Homosexueller durch deren Verfolgung in dieser Ära aufzeigen.

In Paraguay gibt es eine große Zahl an Bäuerinnen und indigenen Frauen, die noch weiteren Formen von Diskriminierung wie Rassismus und Klassismus ausgesetzt sind. Was bedeutet das für die feministischen Bewegungen in Paraguay?

In Paraguay – und ich denke, auch im Rest der Welt – leiden die Frauen unter diversen Formen von Unterdrückung, die sich lediglich auf das Geschlecht beziehen, insbesondere innerhalb der ärmeren Bevölkerungsschichten. Ein starker Feminismus ohne Frauen aus diesen gesellschaftlichen Bereichen ist undenkbar. In den marginalisierten Stadtvierteln, den bañados, sind die Frauen in der Mehrheit Anführerinnen. Die Frauen aus ländlichen Gebieten sind in der CONAMORI organisiert, ebenso wie die indigenen Frauen. Sicherlich handelt es sich eher um einen Feminismus von Nichtregierungsorganisationen, aber der stößt an seine Grenzen, wenn er nicht weitere Frauen erreicht. Ich denke, heute hat der paraguayische Feminismus in diesem Sinne einen breiteren Horizont. An der Vorbereitung des Generalstreiks beteiligen sich unterschiedlichste Organisationen wie solche aus ländlichen Gebieten, indigene Organisationen, lesbische und Transbewegungen. Wenn das nicht so ist, hat der Feminismus eine sehr kleine Basis und somit nur sehr geringe Möglichkeiten, uns bessere Tage zu bescheren.

“WAS BIN ICH ALS SUBJEKT?”

Die Casa de la Mujer ist eine der wichtigsten feministischen Organisationen in Kolumbien. Worauf gründet sich die Arbeit der Casa und wie findet sie statt?
Die Casa de la Mujer ist eine soziale, feministische Organisation, die seit 1982 die Rechte kolumbianischer Frauen verteidigt und für ihre Anerkennung als Bürgerinnen und politische Subjekte eintritt. Wir glauben, dass der Aufbau von Demokratie und Frieden Hand in Hand mit sozialer Gerechtigkeit gehen muss. Für uns bedeutet soziale Gerechtigkeit Anerkennung der Diversität der Frauen sowie gleiche Rechte für alle, sowohl im Öffentlichen als auch im Privaten. Auf dieser Vorstellung basieren die Aktionen der Casa de la Mujer; Bildungs- und Sensibilisierungsprojekte, unsere politische Mobilisierung und unser Einwirken auf nationaler und territorialer Ebene („Territorium“ im Sinne von „kultureller Lebensraum“, Anm. d. Red.). Wir bestärken ausdrücklich die Zusammenarbeit mit verschiedenen Frauenorganisationen in diversen Gebieten, um Basisprojekte zu unterstützen, Unabhängigkeit für Frauen zu erreichen und eine weitgreifende Reflexion darüber zu stärken, wie wir uns als Frauen rekonstruieren. Von der Auseinandersetzung mit der Frage „Was bin ich als Subjekt?” ausgehend kann ich meine Rechte erleben und erfahren, dass sie mir anerkannt werden müssen.

Diese Arbeit in den Territorien, sowohl die praktischen Projekte als auch die theoretischen Reflexionen, erweisen sich in Kolumbien ja als besonders komplex angesichts der Diversität der Territorien und der in ihnen lebenden sozialen Gruppen. Hinzu kommt ein um die 60 Jahre andauernder bewaffneter Konflikt, der sich auf diese territorialen Bevölkerungsgruppen ganz unterschiedlich auswirkt. Vor welchen Herausforderungen steht die Casa de la Mujer bei ihrer Arbeit?
Herausforderungen gibt es viele. Der Kontext des bewaffneten Konflikts in Kolumbien ist tatsächlich sehr komplex. In diesem Konflikt interagieren ganz verschiedene bewaffnete Akteure mit verschiedenen Formen und Praktiken, durch die unzählige Rechte verletzt und Frauen zu Opfern wurden. Außerdem sehen wir, dass das in der Gesellschaft tief verankerte patriarchalische System durch den Konflikt intensiviert und durch den Prozess der Militarisierung verschlimmert wird. Wenn Krieg, Gewalt und Konflikt zur Alltäglichkeit werden, schreiben sich Machtbeziehungen und Unterdrückung, in denen psychische und physische Gewalt ausgeübt wird, der Gesellschaft als Richtlinien ein. Grausige Praktiken werden im Konflikt wiederholt und legitimiert – und somit als alltäglich erlernt.

Wie muss man sich das vorstellen?
Ein Beispiel, das besonders unsere Aufmerksamkeit auf sich gelenkt hat, ist die Hafenstadt Buenaventura am Pazifik. Auf den Frauen der afrokolumbianischen Gemeinschaft dort lastet nicht nur der Umstand, Frau zu sein, sondern vor allem, Schwarze Frau zu sein. Ihre Rechte werden massiv verletzt. Ein Beispiel sind die Casa de Pique, die sogenannten „Einschlagshäuser”, in denen das Territorium kontrollierende kriminelle Banden massenweise Frauen gefoltert, zerstückelt und dann ermordet haben. Die Antwort des Staates auf diese Vorfälle war eine erhöhte Militarisierung des Territoriums – starke Militärpräsenz und mehr Waffen. In einer Forschung, in der wir die Berichte von Frauen über Gewalt im Alltag auswerteten,  fanden wir heraus, dass im Zuge dieses Militarisierungsprozesses die häusliche Gewalt gegenüber Frauen angestiegen ist, sie hat sich also in patriarchalischen Beziehungen materialisiert.
Es gibt viele Herausforderungen hinsichtlich der Komplexität des Konflikts – indigene Frauen, campesinas, Schwarze Frauen – sie alle erleben den Konflikt auf spezifische Art und Weise und wir arbeiten mit ihnen an Reflexionen hinsichtlich dieser Besonderheiten: Was bedeutet es, indigene Frau in einem bestimmten Territorium zu sein?  Wie können uralte Praktiken, die oft auf tausendjähriger Tradition beruhen, transformiert werden, wenn sie die Rechte der Frauen verletzen? Hier ist ein Dialog essentiell, der die Bedeutung dieser Traditionen anerkennt und dennoch die unangefochtene Übernahme der Traditionen infragestellt. Ich spreche aus der Perspektive einer westlichen, in der Hauptstadt ansässigen Mestizin. Ja, wir beobachten, dass Rechte der Frauen in traditioneller Praxis verletzt werden, aber sie sind eingeschrieben in eine von der indigenen Gemeinschaft anerkannten und für sie essentiellen Kultur. Deshalb ist der Dialog so wichtig, um keinen Schaden anzurichten, Positionen nicht aufzudrängen und keinen Konflikt innerhalb der Gemeinschaften zu stiften. Wir müssen uns gemeinsam darüber auseinandersetzen, was wir anders machen können, wie wir  auf neue Weise in Beziehung miteinander treten können, um am Ende allen Frauen ihre Rechte und die Freiheit von Gewalt zu garantieren.

Am 26. September wurde das Friedensabkommen zwischen Regierung und FARC unterschrieben — was bedeutet dies für eine Gewährleistung der Rechte? Welche spezifischen Anliegen haben Sie mit Blick auf das Abkommen?
Wir, die Frauen und Frauenorganisationen haben uns in diesem Friedensprozess organisiert, um die Frauen als Subjekte genderspezifischer Gewalt hervorzuheben, aber auch um uns dafür einzusetzen, dass die Frauen in allen Verhandlungspunkten vertreten sind und die Aktionen innerhalb des Friedensaufbaus mit einem differentiellen Fokus gedacht werden müssen, damit sich die Situation der Frauen nachhaltig verändert. Ich denke, dass die Frauenbewegung in Kolumbien eine starke Bewegung ist. Einer der großen Erfolge war der Aufbau einer Subkommission für Genderfragen für die Zeit der Verhandlungen. Diese Subkommission erhielt Empfehlungen, Besuche und veranstaltete Versammlungen mit Frauen, die Opfer des Konflikts sind, aber auch mit Organisationen, um über die Landreform und den historischen Ausschluss der Frauen vom Landbesitz zu sprechen. Denn die Herausforderung im Friedensprozess zwischen FARC und Regierung ist die Gründung einer Agenda, die nicht nur die Abgabe der Waffen und die Reintegration der ehemaligen Mitglieder der FARC in die Zivilgesellschaft sowie ihre politische Partizipation garantiert, sondern auch notwendige strukturelle Veränderungen in der Gesellschaft hinsichtlich sozialer Ungerechtigkeit und Exklusion beachtet. Wir sind sehr zufrieden damit, dass jeder einzelne der verhandelten Punkte die Frauen in spezifischer Weise einbezieht.

Zum Beispiel?
Für jeden einzelnen Punkt hat die Genderunterkommission einen besonderen Fokus in genderspezifischer Gewalt und die Betonung der Rechte der Frauen erreicht. Zum Beispiel wurde beim Thema unzulässiger Drogen die Frage gestellt, wie die Beziehung der Frauen zum Handel und Konsum dieser Drogen ist. Wie sind die Frauen darin involviert, in welcher Form nehmen sie daran teil? Häufig fungieren gerade die Frauen als sogenannte Kleindealerinnen, die aus ökonomischen Gründen am Handel teilnehmen, indem sie mit Drogen ins Ausland reisen. Während der Verhandlungen wurde anerkannt, dass eine allgemeine Behandlung des Themas nicht ausreicht, um diese genderspezifischen Beziehungen zu beleuchten. Diese Unterschiede und Besonderheiten müssen anerkannt und ihre Hintergründe aufgearbeitet werden, damit auch die Wiedergutmachung mit einem diferentiellen Fokus stattfinden kann. Ein weiterer Erfolg ist, dass in der speziellen Strafverfolgung für den Frieden die sexuelle Gewalt als spezielles Delikt anerkannt wird. Es gibt ein Team, das sich die Fälle in aller Einzelheit anschaut.

Für die Aufarbeitung ist für viele Opfer die Anerkennung ihres Schmerzes und dessen, was ihnen angetan wurde, entscheidend …
Dieses Land hat verschiedene Aktionen bezüglich Wahrheit und Erinnerungskultur initiiert, mit dem Projekt Memoria Historica – historische Erinnerung – wurde das nationale Team für Versöhnung gegründet. Auf Basis des “Gesetzes der Opfer”, dem Gesetz 1448, ist der Bericht “Basta Ya” – “es reicht jetzt!” – entstanden, ein komplexer Bericht über die verschiedenen Formen von Gewalt seit 1985 bis jetzt. Die Kommission zur Aufklärung der Wahrheit sowie die Garantie der Nicht-Wiederholung sind einige der Resultate des Friedensabkommens. Aber es ist eine große Herausforderung, die die Gemeinschaften, die Organisationen und die Frauen bewältigen. Sie haben sich anhand von Zeugenschaften und Erinnerungsakten das Erfahrene angeeignet, und diese Aufgabe wird für die kommenden Generationen weiterbestehen: Die Rekonstruktion dieser Erinnerungen, dieser Wahrheiten, die die Opfer in den Vordergrund stellen, vor allem die Frauen. Denn wir Frauen sind immer erzählt worden, für uns wurde immer gesprochen mit männlichen Stimmen, aus patriarchaler Sicht. Wir haben unterschiedliche Arten zu leben, die Welt von der Erfahrung unserer Körper aus zu analysieren, Körper indigener Frauen, Schwarzer Frauen. Durch unsere Körper haben wir eine Art von Gewalt erlebt, die Männer nicht kennen. Deshalb ist es sehr wichtig, den Erzählungen der Frauen Wert beizumessen und eine Art zu finden, auf die die allgemeine Gesellschaft diese Erzählungen aneignen kann als Teil der kollektiven Identität. Auf dem Frauengipfel in Bogotá sagte eine indigene Frau: Für uns ist die Erinnerung etwas anderes, die Erinnerung ist kein geschriebenes Dokument. Wie kann diese Erinnerung mündlich weitergegeben werden?  Wie kann sie in Konversationen zwischen Generationen Platz finden und wie können wir auch alternative Sprachen verstehen, in denen sie zum Ausdruck gelangt?

Die Casa de la Mujer sieht das Friedensabkommen als einen ersten Schritt dahin. Würden Sie am 2. Oktober bei der Volksabstimmung für oder gegen das Friedensabkommen aufrufen?
Ich bin überzeugt, dass am 2. Oktober für ein Sí gestimmt werden muss, weil es die Möglichkeit bietet, eine andere Geschichte zu schreiben. Dieses Land hat genug Jahre des Konflikts und der Gewalt erlebt, und was dieser Prozess des Dialogs, der Verhandlungen, der Einigung mit den FARC öffnet, ist, diesem Krieg ein Ablaufdatum zu setzen und anzufangen, uns auf andere Probleme zu konzentrieren, auf reale strukturelle Probleme in der Gesellschaft, die soziale Ungerechtigkeit, die Akkumulation von Ressourcen, dem Kapital in den Händen einiger Weniger, mangelnde Garantie zu Ausbildung, Unterkunft … Es gibt genug. Genug Krieg! Wir wissen, dass er am 3. Oktober nicht zu Ende ist, wir wissen, dass der Prozess noch viel weiter reichen muss, aber es ist ein Votum für die Hoffnung, die Hoffnung, dass wir anders Geschichte schreiben können. Für uns und für die, die auf uns folgen.

AUF EINEM AUGE BLIND

Rocío Yolanda Angélica Silva Santisteban Manrique:  Die Journalistin und Schriftstellerin ist Vorsitzende der peruanischen Menschenrechtskoordination und schreibt eine Kolumne für die Tageszeitung La República. (Foto: Knut Henkel)
Rocío Yolanda Angélica Silva Santisteban Manrique:
Die Journalistin und Schriftstellerin ist Vorsitzende der peruanischen Menschenrechtskoordination und schreibt eine Kolumne für die Tageszeitung La República. (Foto: Knut Henkel)

Die peruanische Justiz sorgt derzeit wieder  für Empörung. Anfang letzter Woche haben die Richter*innen des Obersten Gerichtshofs die Verurteilung des inhaftierten früheren Präsidenten Alberto Fujimori wegen Veruntreuung von Staatsgeldern zur Bestechung von Boulevardmedien gekippt. Ende Juli wurde auch die Klage von Opfern von Zwangssterilisationen gegen Fujimori abgewiesen. Ist Perus Justiz auf einem Auge blind?
Unsere Justiz ist sehr langsam, viele Richter*innen sind korrupt und oft unsensibel gegenüber Opfern. Das hat in vielen Fällen für Empörung gesorgt, denn in den beiden genannten Verfahren gibt es zahlreiche Beweise. So hat eine Kommission des Kongresses bereits 2002 in einer Studie festgehalten, dass 314.605 Frauen im Rahmen des Programms zur Familienplanung in der Regierungszeit von Alberto Fujimori sterilisiert wurden. Der nationale Ombudsrat hat hingegen in einem Bericht die Zahlen konkretisiert: Demnach wurden zwischen 1996 und 2001 in Peru 272.028 Frauen und 22.004 Männer sterilisiert. Allerdings weiß niemand genau, wie viele gegen ihren Willen, zum Teil mit Gewalt, sterilisiert wurden. Im Vorfeld des Prozesses wurden aber mehr als 2.000 Fälle von gewaltsamer Sterilisation dokumentiert.

Also fehlte es nicht an Beweisen?
Nein, Beweise für das Leid der Frauen und für die staatliche Politik, die darauf abzielte, vor allem indigene Frauen unfruchtbar zu machen, gibt es ausreichend. Doch die Ermittlungen gegen Expräsident Fujimori und seinen Gesundheitsminister dauern schon mehr als 14 Jahre an. Sechsmal wurde der Fall schon archiviert. Das ist ein Skandal.

Wie kommt es zu so einem Urteil, denn schließlich haben auch internationale Menschenrechtsorganisationen den Fall beobachtet?
Gute Frage – und deshalb auch schwer zu beantworten. Zum einen haben wir es mit den schon angesprochenen Strukturen in der Justiz zu tun. Zum anderen ist Peru eine Gesellschaft, die von der Diskriminierung der Frau, und noch stärker von der Diskriminierung der indigenen Frau, geprägt ist. Das Gros der Frauen, oder besser, fast alle, die zwangssterilisiert wurden, sind indigene Frauen, die eben nicht gefragt wurden, ob sie sterilisiert werden wollen – sie wurden einfach sterilisiert, als sie im Krankenhaus entbunden wurden. Dafür haben viele Ärzte eine Prämie erhalten.

Haben Sie die Hoffnung, dass die neue Regierung in diesem Fall aktiv werden wird?
Hoffnung ja, aber bisher hat es nicht mehr als die Ankündigung gegeben, dass es eine Kommission geben soll – doch das war vor dem Urteil.

Am 14. August hat der Ende Juli vereidigte Präsident Pedro Pablo Kuczynski an der Demonstration gegen Gewalt gegen Frauen teilgenommen. Die fand unter dem Slogan „Wer eine anfasst, fasst alle an“, statt. Bis zu 150.000 Menschen nahmen teil. Ein Signal?
Das ist positiv, aber ich denke, dass wir Frauen selber nicht locker lassen dürfen. Wichtiger als die Teilnahme des Präsidenten, einiger Minister und Abgeordneter ist die Teilnahme unglaublich vieler Menschen, vieler Frauen, vieler, vieler Kinder, Menschen mit Behinderung und auch vieler Männer. Das ist positiv und es waren auch viele indigene Frauen vertreten – wir kommen voran.

Wie ist die Situation von Frauen in Peru – kann frau sich sicher fühlen?
Die Statistiken belegen, dass Gewalt gegen Frauen ein gravierendes Problem der peruanischen Gesellschaft ist – wir führen die Statistiken der Gewalt gegen Frauen in Südamerika an. Wir haben ein massives Problem mit familiärer Gewalt und die Dunkelziffer ist hoch. Den offiziellen Zahlen aus dem Ministerium für Frauen zufolge, wurden dieses Jahr bereits 54 Frauen von Männern ermordet, hinzu kommen 118 registrierte Mordversuche. Die Ministerin Ana Romero Lozada hat darauf hingewiesen, dass Peru weltweit die Nummer Drei bei gewaltsamen Übergriffen auf Frauen ist. Laut der Ombudsstelle werden landesweit jeden Monat zehn Frauen von ihrem Partner getötet – seit 2011 wurden 498 Opfer registriert. Doch Frauenorganisationen gehen von deutlich höheren Zahlen aus, denn nicht jede Gewalttat wird angezeigt.

Es hat den Anschein, dass Gewalt gegen Frauen nicht nur Teil der peruanischen Realität ist, sondern auch dass die Justiz Teil des Problems ist.
Ganz bestimmt und das ist auch ein Grund, weshalb der Demonstrationszug auch am Justizpalast vorbeizog und die Richter kritisierte. Ob die letztlich begriffen haben, dass sie Teil des Problems sind, weil sie sich immer wieder unsensibel gegenüber den Opfer von Gewalt und vor allem sexueller Gewalt verhalten, weiß ich nicht. Es kommt immer wieder zur Stigmatisierung der Frauen. Noch einmal: Die Justiz in Peru ist langsam und korrupt. Das sorgt gerade in Fällen sexueller Gewalt immer wieder für Empörung bei den Opfern und bei Frauen- und Menschenrechtsorganisationen. Es gibt Dutzende von Beispielen.

Einige Richter begrüßten die Demonstranten nicht wahr?
Ja, und genau deshalb denke ich, dass längst nicht alle begriffen haben, welche Rolle sie spielen.

Was ist nötig, damit Frauen in Peru sicher leben können?
Ein Mentalitätswandel, denn der machismo ist in Peru extrem stark tradiert und in der Werbung genau wie in den Medien präsent. Das ist ein gravierendes Problem. Das andere Problem ist die Tatsache, dass gern nach schärferen Gesetzen geschrien wird. Aber die Gesetze sind nicht so schlecht, sie müssen nur angewendet werden. Das ist ein Dilemma, denn die Strafen, die nach Gewaltverbrechen gegen Frauen und Kinder verhängt werden, sind oftmals niedriger als die gesetzlichen Vorgaben und oft auch auf Bewährung ausgesetzt. Für die Opfer ist das eine bittere und erniedrigende Realität.

Wie haben Sie die Berichterstattung in Peru über die Demo wahrgenommen?
Vieles war positiv, aber es gab auch Videos und Berichte von Journalisten aus abgelegenen Regionen, die gegen den Marsch waren und negativ berichteten. Auch das ist Teil der peruanischen Realität. Deshalb ist es so wichtig, gegen diesen machismo anzuarbeiten: Wir brauchen mehr Auseinandersetzung, mehr Information an den Schulen, mehr Diskussion. Ein weiteres Beispiel: Als Reaktion auf den Slogan „Nicht eine Mehr“, mit dem auf die Gewalt gegen Frauen in Peru aufmerksam gemacht wird, hat eine Gruppe von Männern für den 3. September unter dem Slogan „Nicht einer mehr“ einen Marsch gegen die Ausbeutung von Männern durch die Frauen angemeldet. Die Realitäten in Peru spotten manchmal jeder Beschreibung.

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